A reta final de 2025 traz uma perspectiva de aquecimento para o empreendedorismo nacional. Segundo uma pesquisa inédita realizada pela Serasa Experian, 69% das pequenas e médias empresas (PMEs) projetam um aumento no faturamento durante o Natal deste ano em comparação com 2024. O levantamento, que ouviu 558 negócios de todo o Brasil ao longo do mês de novembro, indica ainda que 17% dos empreendedores esperam resultados estáveis (iguais ao ano anterior), enquanto 14% acreditam que haverá queda nas vendas.
O Natal se consolida, mais uma vez, como o principal termômetro do calendário varejista. Para Cleber Genero, vice-presidente de pequenas e médias empresas da Serasa Experian, o momento exige preparação logística. “O Natal concentra grande parte do faturamento anual e é uma época crucial para a estratégia de vendas. Para isso, o empreendedor deve organizar seu estoque e planejar as ações para converter esse movimento de consumo em resultados positivos para seu negócio”, afirma o executivo.
Ao analisar o perfil de quem está apostando no crescimento, a pesquisa identificou que o otimismo está inversamente proporcional à idade do negócio: as empresas mais jovens são as mais confiantes.
Os negócios com apenas 1 a 5 anos de existência representam 57% de todas as PMEs que esperam alta nas vendas. Conforme as empresas amadurecem, a cautela aumenta: companhias com 6 a 10 anos representam 20% dos otimistas, e aquelas com mais de 30 anos de estrada correspondem a apenas 2% das respostas positivas.
Geograficamente, a Região Sudeste puxa a fila da expectativa de alta, concentrando 52% das respostas positivas. Na sequência, aparecem o Nordeste e o Sul, ambas com 15% das indicações, seguidas pelo Centro-Oeste e Norte, cada uma com 9%.
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Um dado que chama a atenção no relatório é o recorte por classificação de risco de crédito (score). As empresas que teoricamente possuem maior fragilidade financeira são as que mais apostam no Natal para alavancar o caixa.
Negócios classificados como de "alto risco" (score entre 145 e 473 pontos) lideram a expectativa de crescimento, representando 44% do grupo otimista. Já as empresas com score de "baixo risco" — que possuem maior estabilidade — correspondem a apenas 12% das que projetam aumento. Entre os que preveem queda no faturamento, o cenário se inverte parcialmente: a maior concentração também está nas empresas de alto risco (26%), seguidas pelas de "altíssimo risco" (22%).
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios



